segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Royalties: batalha decisiva


Este final de semana foi rico de reportagens sobre a dificuldade do governo Dilma coesionar sua ampla base de sustentação. As análises sobre as causas disso são as mais variadas, tendo explicações para todos os gostos.

Como o foco deste espaço virtual é acompanhar e refletir temas educacionais, chamou a minha atenção duas notas no O Globo, na coluna do Ilmar Franco. A primeira afirma que os "ministros dos partidos aliados estão chocados com Aloizio Mercadante". O motivo seria a cobrança incisiva que o mesmo estaria fazendo para que os referidos ministros "enquadrem suas bancadas, para que votem com o governo".

Tal pressão teria como alvo duas votações que interessam diretamente ao Executivo: a Lei dos Royalties e manter o veto ao artigo que acaba com a multa de 10% do FGTS.

A segunda nota na mesma coluna, intitulada "a ordem é arrochar a enquadrar", afirma que o Planalto cobrará fidelidade dos líderes dos partidos aliados na Câmara dos Deputados. E que a "expectativa é dobrar o PDT e o PSB, no caso da votação da Lei dos Royalties, quanto à destinação dos recursos do Fundo Social para a educação e a saúde".

No mesmo final de semana também foi noticiado que Dilma liberará seis bilhões de reais em emendas parlamentares, medida simpática e que ajuda a dobrar resistência e tornar mais fiel a infiel bancada,

A possibilidade dos avanços conquistados em julho no projeto que estabelece a destinação dos royalties para a educação serem enterrados aumentou bastante. A tendência é que o governo consiga reverter a votação que perdeu. Lembro que a vitória dependeu da rebeldia de parlamentares da base governista, inclusive a de alguns partidos que só decidiram votar favoravelmente a educação no último minuto (como foi o caso do PCdoB).

Ter forte mobilização social é, como sempre, a única forma de contrapor os interesses populares às razões de estado, que em nosso país sempre se confundem com as razões de mercado.

 

 

 

Um comentário:

Anônimo disse...

Governantes traidores e mentirosos. Ninguém aguenta mais tantos ataques aos interesses do povo.