segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Federalismo e políticas públicas – 3ª parte

Não foi possível relatar neste espaço virtual toda a rica discussão do seminário sobre federalismo e políticas públicas.

Mas queria deixar anotada uma pergunta que me veio à cabeça várias vezes durante o evento: qual a contribuição que os pesquisadores brasileiros podem oferecer para a superação das desigualdades sociais, regionais e raciais no campo educacional?

Esta pergunta talvez “martele” tanto a minha cabeça por que meu olhar sobre a reunião era um misto de pesquisador, por um lado, e gestor, por outro. O fato de ter sido secretário de educação durante seis anos e depois ter trabalhado um ano e dois meses no INEP, certamente explica a minha ansiedade de obter respostas aos dilemas educacionais do país.

Porém, tendo terminado o mestrado e iniciado o doutorado, tenho consciência de que a produção do conhecimento não pode ter simplesmente uma conotação utilitarista. Muitas vezes leva tempo para maturar determinados conceitos, construir sínteses sobre questões complexas e tornar possíveis de generalização determinados estudos.

Quando saí da plenária final da Conferência Nacional da Educação, após dias de intenso debate sobre sistema nacional de educação, ficou pra mim muito claro que os pesquisadores e pensadores da área educacional tinham uma enorme tarefa pela frente, pois podem oferecer o arcabouço teórico para que este sistema se concretize o mais breve possível.

Quando vejo os debates acerca dos padrões mínimos de qualidade, tenho a certeza que os pesquisadores podem realizar sínteses sobre estes fatores e favorecer uma elevação do patamar de debate dos insumos, hoje presidida pelo cálculo de perda e ganho dos entes federados.

Quando vejo todos os dias serem lançados mais exames nacionais, como se isso fosse a tábua de salvação da qualidade da educação, tenho a certeza de que os pesquisadores podem contribuir para desmistificar o discurso dominante de avaliação em larga escala centrada apenas na mensuração do conhecimento dos alunos.

Talvez o problema seja menos de ansiedade e mais de entrosamento entre as demandas da sociedade e as linhas de pesquisa da academia.

De qualquer forma saí mais otimista do evento. E isso já é alguma coisa!

Um comentário:

Renato Pedreira disse...

Olá Luiz!

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Renato Pedreira
Comunicação Dirigida | Festa do Teatro
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