quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pesquisa educacional X avaliação em larga escala

A execução orçamentária (até 1º de dezembro de 2008) demonstra que o apoio a pesquisa educacional continua não sendo prioridade governamental.
O Programa “Estatísticas e Avaliações Educacionais”, praticamente todo sob a gerência do INEP tinha disponível para aplicação este ano o montante de 299 milhões de reais. Até agora executou apenas 140,5 milhões, ou seja, aplicou apenas 47%. Até aí nenhuma surpresa, pois a execução do Ministério está no geral muito ruim. Porém, há uma clara opção no perfil dos gastos deste setor. Do que foi aplicado apenas 5 milhões foram destinados ao apoio de pesquisas na área educacional, o que representa apenas 3,6%. Por outro lado, somente o ENEM consumiu 77 milhões de reais. A avaliação do ensino superior levou outros 16 milhões.
Está nítida a prioridade. A função do MEC tornou-se regular a oferta de educação no país, por meio de avaliações de larga escala e construção de indicadores educacionais baseados nos resultados de testes de aprendizagem.
Como já demonstrei anteriormente, o apoio e fomento para que estados e municípios superem as dificuldades, mesmo aquelas distorcidas por um olhar apenas na aprendizagem, ainda estão sendo cumpridas a conta gotas.

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